sexta-feira, 11 de setembro de 2009

UM EXORCISTA ENTREVISTA O DIABO [1]

Edizioni PRO SANCTITATE


DOMENICO MONDRONE S.I,


UM EXORCISTA ENTREVISTA O DIABO


1ª Edição Espanhola 2004

(Traduzido da 31a. edição italiana 1976)


Editorial PRO SANCTITATE


Roma


Quem é Satanás? Que quer? Como actua?


PRÓLOGO


O Autor não está entre os que se envergonham de crer na existência do Diabo e de sua nefasta actividade no mundo e, às vezes, prejudicando infelizes indivíduos. Ele aceita totalmente o ensinamento de Paulo VI, exposto no discurso de 15 de Novembro de 1972.

Bem como demonstra ter tido alguma experiência directa com o Maligno na prática real dos exorcismos; adiciono ainda que tive troca de impressões e de idéias com outros sacerdotes melhor treinados na mesma experiência. Com certeza li o livro de C. S. Lewis Le Lettere de Berlicche; mas é outra coisa. Sobretudo tive presente a apreciável obra de Corrado Balducci Os endemoniados, e ainda Era do diabo de A.Bohm e outros textos.

Em particular parece que o Autor aprofundou na famosa meditação As duas Bandeiras, onde o santo dos Exercícios Espirituais, com uma grande eficácia representativa, faz-nos ver o chefe de todos os demónios enquanto, «na figura horrível», expõe aos seus seu programa de acção e a táctica que utiliza para apanhar nas suas redes as almas e as massas inteiras de homens.

Nas páginas que se seguem, o Autor quis oferecer-nos simplesmente uma rápida idéia do ser e do comportamento deste anjo tenebroso que trabalha incansavelmente para causar-nos dano.

O Diabo é o maior mestre dos enganos, é um trapaceiro de astúcia incomparável, que não actua a descoberto, mas ás escondidas; trabalha na sombra, e sempre considera como inteligentes os que não crêem em suas artimanhas, e inclusive negam sua existência. Assim, os primeiros a cair nas suas redes são precisamente os sabichões, os chamados "espíritos fortes", os grandes iluminados da ciência deste mundo.

«A astúcia mais perfeita do Demónio, escreveu Charles Baudelaire, consiste em persuadir-nos de que ele não existe». Negar, por isso, a existência e a acção do Maligno é começar a assegurar-lhe já a sua vitória sobre nós.

O Autor, com base na sua experiência, crê que Deus pode talvez permitir - como no caso dos exorcismos - que o Maligno seja interlocutor com quem o exorciza… Este último, com a autoridade de Cristo e da Igreja, pode obrigar o Maligno a responder a perguntas precisas propostas a ele e, ás vezes, ainda que é o pai da mentira, arrancar-lhe algumas verdades... O Autor serve-se deste poder de maneira mais abundante… Se recorre á fantasia sobre o modo de preparar e de desenvolver os encontros, com isto não pretende dizer que são fantásticas tantas verdades justificadas pela realidade das coisas. O que aqui ameaça, vai realizando-a. De resto: «Para quem crê, nenhuma explicação é necessária; enquanto para os que não crêem, nenhuma explicação é possível»

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